Hebreus
13:2
Este fragmento bíblico escrito aos cristãos hebreus nos primeiros tempos do cristianismo, faz referência a hospitalidade, os advertindo do seu não esquecimento e demonstrando ser esta imprescindível para a vida cristã. Diante de seu valor para os cristãos primitivos, será que nós no século XXI temos dado a devida importância que lhe é digna?
Para inicio de conversa, o que entendemos por hospitalidade?
Resumindo dentro de um conceito bem simples, podemos defini-la como o bem receber ou mesmo o bom acolhimento.
Fatidicamente, a hospitalidade remonta as mais antigas civilizações, sendo considerada em todo o mundo antigo como um dever sagrado. Esta se tornou um importante vínculo entre os cristãos, como uma expressão prática de amor ao próximo, tanto demonstrada na proteção oferecida a viajantes como nas oportunidades de companheirismo e estímulo mútuo no seio das comunidades.
Não é a toa que o escritor da carta aos cristãos hebreus faz uma advertência para o não esquecimento da hospitalidade, pela qual alguns a exerceram e sem tomar conhecimento hospedaram anjos.
Os hebreus tinham grande admiração por seres angelicais, pois estes representavam a presença divina entre eles. Portanto, receber a visita de um anjo era como acolher o próprio Deus.
Jesus Cristo em um de seus sermões nos diz:
“... porque tive fome, e me destes de comer, tive sede e me destes de beber, era forasteiro e me hospedastes; estava nu e me vestistes, enfermo e me visitastes; preso, e fostes ver-me.
Então, perguntarão os
justos; Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com
sede e te demos de beber?
E quando te vimos
forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos?
E quando te vimos
enfermo ou preso e te fomos visitar?
O Rei, respondendo lhes
dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um dos meus pequeninos
irmãos, a mim o fizestes.”
Mateus 25:35 a 40Estas palavras nos dão a entender, assim como no primeiro caso, que o desejo de Deus para o ser humano é que ele trate o seu semelhante como estivesse tratando a ele próprio. Sua vontade é que todos tenham entre si um sentimento de amor, pelo qual cada um seja capaz de atender as necessidades do outro, onde fazer pelo próximo será como se estivesse fazendo por ele.
Percebemos pelo relato de Cristo, que não há por parte dos que praticaram os atos de bondade, assim como no direcionado aos cristãos hebreus, nenhum tipo de interesse recompensatório. É descrito no primeiro que; “... alguns não o sabendo, hospedaram anjos”, ou seja, a intenção foi de ajudar o semelhante. No segundo notamos o mesmo pelas indagações; “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar”?
A verdadeira hospitalidade é assim, não visa recompensas e é possuidora de várias peculiaridades, além de não limitar-se apenas ao ato de se receber alguém em casa. É definitivamente um importante atributo para o verdadeiro cristianismo, não devendo de forma alguma ser esquecida.
Referências:
Bíblia Sagrada
Imagem: http://7todaverdade.blogspot.com.br/2011/04/hospitalidade-dom-de-deus.html


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